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insuficiente da luz em certos setores do edifício. Um cenário semelhante pode ser aplicado ao
setor chamado AVAC. O nome deste setor refere-se ao aquecimento, ventilação e ar
condicionado. Através do programa designado, várias definições como, por exemplo
temperatura, horas de trabalho, entre outros, podem ser ajustadas, fornecendo ainda
informações sobre a necessidade de serviço.
O SGE pode ainda gerir outras dimensões, como as relacionadas com a segurança,
nomeadamente a gestão de câmaras e a comunicação de notificações e erros, o acesso a
salas, piscinas e garagens. Cria ainda um ambiente de trabalho que torna as condições mais
sustentáveis. Também o equipamento de segurança contra incêndios pode ser gerido através
do SGE. Para além da satisfação dos clientes, custos reduzidos e maior longevidade dos
dispositivos, tem um importante papel na proteção do ambiente. Graças a este sistema, o
consumo de energia diminui drasticamente, assim como a pegada de carbono causada pelo
mesmo.
O desenvolvimento ainda maior do SGE corresponde à tecnologia Smart Building, que se
baseia no trabalho dos mesmos dispositivos que o SGE, mas que estão ligados numa rede e
trocam informações entre si. Para além das funções gerais de redução do consumo de
energia, o Smart Building é responsável por melhorar a saúde geral e o bem-estar dos
habitantes dos edifícios, monitorizando a qualidade da água ou do ar. Essa troca acontece
através da Internet e os dados são recolhidos por sensores implantados em dispositivos.
2.2. Sistemas de identificação por radiofrequência (SIR)
A identificação por radiofrequência é uma tecnologia que permite a troca de dados entre
dois dispositivos por ondas de rádio. Esses dispositivos obrigam a que seja respeitada a
distância que existe entre si, podendo a mesma variar de alguns centímetros para alguns
metros, considerando o tipo de equipamento que utilizamos. A tecnologia utiliza antenas
responsáveis pelo envio de um sinal que contém a informação e um chip ou tag responsável
por recolher e guardar a informação e por um leitor com software específico instalado no
mesmo e que lhe permite fazer uso da informação recebida. A designação desta tecnologia
pode não parecer familiar para todos, mas muito provavelmente é utilizada na vida
quotidiana de todos nós. É mais comummente utilizada em cartões bancários contactless
para pagamentos. Os chips SIR são também instalados nos passaportes, permitindo o acesso
a certas salas, para rastrear animais de estimação ou qualquer item, como carteiras, entre
outros. Também a nova geração de smartphones utiliza tecnologia semelhante,
designadamente o NFC (nearfield communication) para permitir o pagamento sem contacto
e a troca de ficheiros.
O setor do turismo também adotou muitas aplicações da tecnologia SIR. Especialmente
durante e após a pandemia, esta tecnologia ganhou muita popularidade porque não obriga
a que exista contacto físico entre as pessoas. O que a torna tão atrativa é a alta velocidade,
o baixo custo, o aumento da segurança e a impressão geral de que a empresa se preocupa
com a implementação das mais recentes tecnologias e questões de sustentabilidade. A
aplicação mais popular no setor do turismo é a fechadura da porta. Em vez das chaves
tradicionais, o hotel fornece aos seus visitantes um cartão magnético com chip SIR
implementado no mesmo. A gerência do hotel tem melhor controlo sobre o mesmo e pode
ser ativado ou desativado sem necessidade de acesso físico, o que aumenta a segurança.
Em caso de perda do cartão, o custo é também mais baixo. Com um único cartão, os clientes
podem também aceder a diferentes secções do hotel como estacionamento ou piscina e a
gerência pode ter acesso mais fácil às atividades por eles realizadas com a ajuda dos registos
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