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-  estabelecer sistemas de apoio para aumentar a produtividade agrícola sustentável
                     (produzir mais e melhores alimentos para melhorar a segurança nutricional, apoiar o
                     aumento  do  rendimento  do  agronegócio):  os  agroempreendedores  devem
                     certificar-se de que estão em conformidade com políticas internacionais, europeias,
                     nacionais e regionais sólidas para melhorar a sua resposta às alterações climáticas,
                     tendo em consideração um quadro político mais amplo; ao envolverem-se com os
                     jovens e a comunidade local no desenvolvimento agrícola, esperam aumentar as
                     competências e conhecimentos, apoiar a criação de empregos e assegurar práticas
                     agrícolas  sustentáveis  enquanto  reconstroem  oportunidades  económicas;  devem
                     também  considerar  a  possibilidade  de  se  candidatarem  a  apoio  financeiros  de
                     instituições  públicas  ou  privadas,  para  práticas  agrícolas  sustentáveis  a  preços
                     acessíveis;

                  -  adaptar e reforçar a resiliência dos sistemas agrícolas e de segurança alimentar às
                     alterações climáticas a vários níveis, definindo estratégias concretas para responder
                     às  alterações  climáticas,  que  podem  variar  desde  práticas  agrícolas  a  avanços
                     tecnológicos ao mais alto nível; adotando a agroecologia, ou seja, a aplicação de
                     princípios ecológicos à agricultura (por exemplo cobertura das culturas, minimização
                     da  lavoura,  gestão  de  nutrientes),  agro-florestação  e  diversificação  do  cultivo,
                     princípios na exploração agrícola com elevado potencial para reforçar a resistência
                     às  alterações  climáticas;  e  pela  gestão  (por  exemplo,  gestão  da  irrigação  e
                     escoamento de nutrientes, gestão da saúde do solo), monitorização e medição (por
                     exemplo, deteção remota, satélites, melhor modelização para previsão, acesso mais
                     fácil dos agroempreendedores à informação) do impacte ambiental na agricultura
                     para  a  produção  de  culturas  sustentáveis  e  melhoria  das  operações.  Todas  estas
                     estratégias e ferramentas ajudá-los-ão a reduzir a vulnerabilidade à seca, pragas,
                     doenças e outros riscos  e choques relacionados com o clima e a melhorar a sua
                     capacidade de adaptação e crescimento face às adversidades;
                  -  reduzir as emissões de GEE provenientes da agricultura (incluindo culturas, gado e
                     pescas), ou seja, procurar reduzir as emissões para cada caloria ou quilo de alimento
                     produzido  através  da  introdução  de  mecanismos  de  controlo  de  carbono  na
                     produção (por exemplo Calculador de carbono da Comissão Europeia para avaliar
                     a  pegada  de  carbono  de  uma  exploração  agrícola,  recomendar  opções  de
                     mitigação  para  a  redução  das  emissões  de  GEE  e  fornecer  certificação  de
                     exploração agrícola com baixas emissões de carbono), evitando a desflorestação
                     da  agricultura  (por  exemplo,  gestão  sustentável  das  florestas,  conservação  e
                     melhoria  dos  stocks  de  carbono  florestal)  e  gerindo  os  solos  e  as  árvores  para
                     maximizar o seu potencial de absorção de carbono da atmosfera.


                   Resumo

                   Desde a segunda metade do século XX, as mudanças ambientais têm vindo a exigir
                   práticas  sustentáveis  a  longo  prazo  para  satisfazer  as  necessidades  do  presente,
                   garantindo  em  simultâneo  o  futuro.  A  agricultura  é  o  setor  mais  vulnerável  às
                   alterações climáticas e as zonas rurais estão normalmente menos preparadas para
                   lidar  com  os  desafios  implícitos.  Os  impactes  negativos  diretos  das  alterações
                   climáticas  podem ser sentidos ao nível  das culturas  - por exemplo, diminuição  da
                   produtividade, alteração da cronologia de produção,  disponibilidade limitada de
                   terras e aumento da pressão sobre recursos limitados (solo, água e ar). Os impactes



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