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interessados em entrar em contacto com a produção de vinho e desfrutar da paisagem
natural da região.
Estudo de caso 3. um dia na vida de um agricultor: autênticas
experiências turísticas para zonas rurais sustentáveis
Um agroempreendedor de uma pequena empresa produz frutos vermelhos biológicos
inteiramente para distribuição nacional e internacional. Durante vários anos, o negócio
estava a correr bem. No entanto, nos últimos anos, enfrentou escassez de produção,
particularmente devido à seca extrema na sua região causada pelas alterações
climáticas. As suas culturas de frutos vermelhos diminuíram significativamente e, em
apenas alguns anos, a colheita ficou quase toda comprometida. Nesses anos difíceis,
foi confrontado com a decisão de introduzir produtos químicos na sua produção
agrícola, o que significava que já não podia vender os frutos vermelhos com um rótulo
biológico.
O agroempreendedor começou a procurar soluções. Queria salvar o negócio dos frutos
vermelhos, mas estava quase a tornar-se impossível continuar com a quebra de
rendimentos provenientes da sua distribuição. Procurou legislação internacional e
europeia relevante que o pudesse ajudar a aferir soluções alternativas, bem como a
adaptar e aumentar a sua resistência empresarial às alterações climáticas.
Deparou-se com o conceito de agricultura inteligente em termos climáticos e decidiu
adotar e implementar mudanças e ações concretas, a três níveis: i) abrindo as suas
terras agrícolas a uma experiência turística “um dia na vida de um agricultor”, que
proporcionaria uma fonte alternativa e regular de rendimento (em que os visitantes
acompanhariam o agroempreendedor num dia útil normal, monitorizando o
crescimento das culturas, colhendo os frutos vermelhos, compreendendo o aspeto
logístico por detrás do processo de distribuição, terminando com a gastronomia local e
o turismo natural); ii) tornando a sua produção de frutos vermelhos completamente
biológica (sem o uso de químicos) e apostando em mais mercados locais (sendo
normalmente mais propensos à produção em pequena escala e significam menos
custos de distribuição para o produtor agrícola); e iii) colaborando com uma
universidade agrícola local para identificar uma forma de alta tecnologia de baixo
custo para monitorizar as condições das culturas e prever problemas futuros (como por
exemplo imagens de satélite).
6. Questionário
1. De que forma as alterações climáticas põem em perigo o desenvolvimento da
agricultura e do agronegócio?
a. Mudanças ambientais, por exemplo, como o derretimento de glaciares, mais
precipitação, eventos climáticos extremos e mudanças de estações
b. Crescimento económico contínuo, por exemplo, crescimento demográfico,
utilização indiscriminada dos recursos naturais e poluição
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